sábado, 28 de julho de 2012

AS CONFISSÕES DO ARCANJO LÚCIFER



As Confissões do Arcanjo Lúcifer

Léo Villaverde
Jornalista /escritor/psicopedagogo
Extraído do livro O Filho de Zacarias.

Com o retorno de Cristo e a chegada do fim dos tempos o arcanjo Lúcifer, o anjo que se tornou o primeiro satanás (= adversário de Deus), foi trazido à presença do Cristo e este ordenou-lhe que confessasse seus crimes contra Deus e contra a humanidade. Pressionado pelo poder espiritual do Cristo, Lúcifer começou a falar:

“Deus criou Adão e Eva como Seus filhos e entregou-os aos três arcanjos, eu, Miguel e Gabriel, a responsabilidade de cuidar deles. Adão e Eva eram gêmeos. Mas Adão nasceu primeiro. Eram bebês indefesos. Jamais teriam sobrevivido sem o cuidado dos anjos. Naquele tempo os sentidos espirituais dos homens estavam plenamente abertos e os anjos podiam tocá-los, alimentá-los com leite animal e mantê-los limpos e saudáveis.
          Os anjos foram criados como servos de Deus e dos homens. Quando eu percebi que Adão e Eva haviam sido criados como os filhos de Deus e senhores do cosmos, que seriam marido e mulher, teriam filhos e estes povoariam a Terra e seriam os eternos senhores e reis do cosmos, eu não entendi e não aceitei a vontade de Deus. Os anjos eram simples servos e não podiam ter cônjuges e nem filhos. Não podiam ter linhagem nem herdeiros. Eu fiquei cego e revoltado. Aquilo tudo me pareceu uma grande injustiça de Deus contra os anjos, especialmente contra mim, que fui a estrela da aurora, o primeiro ser criado; eu que vi Deus lançar os fundamentos do universo e vi como os homens foram criados.
E eu comecei a pensar que eu, a criatura primeira, merecia mais, pois a primogenitura conferia o direito de herança. Todavia, mesmo magoado eu nada fiz contra Deus. Simplesmente me afastei de Deus, de Adão e dos outros anjos, e me apeguei mais a Eva. Ela era bonita e me atraía muito. Eu a olhava e sabia que ela seria a esposa de Adão. Eu me apaixonei perdidamente por Eva e fiquei com muito medo do Senhor.
Sem saber o que fazer passei a caminhar sozinho pelos campos e matas. Quando observei que os animais faziam sexo e multiplicavam filhotes percebi que, se eu me relacionasse sexualmente com Eva também poderia ter filhos, filhos espirituais, pois sou apenas espírito. Eu poderia ter filhos espirituais gerados através dos corpos físicos de Adão e Eva. Mas havia um problema: Deus jamais permitiria tal coisa. Portanto, eu teria que inventar a mentira, a antiverdade,  a fim de enganar e seduzir Eva, e levá-la depois a seduzir Adão. Sem os corpos físicos de Adão e Eva os meus filhos espirituais nunca poderiam nascer; e sem eles eu não poderia viver na Terra, nem desfrutar dos prazeres da vida física e nem assumir o controle sobre os reinos do mundo.. Porém, antes de me relacionar sexualmente com Eva eu precisava aprender a fazer sexo. E comecei a fazer sexo com animais e com outros anjos subordinados a mim. Eu sabia que o sexo anjo-animal e anjo-anjo eram antinaturais e contrários à vontade do Senhor... Mas, e daí? Cego pela inveja e pelo desejo sexual eu já não me importava com Deus e nem com coisa alguma. Me tornei o anti-Deus egoísta.
A minha inteligência, meus conhecimentos sobre a natureza e a minha paixão antinatural e proibida envolveu Eva, e ela também se apaixonou por mim. Ocorreu-me então que, se eu roubasse a mulher de Adão roubaria também a sua posição e todo o universo, que pertencia a ele. E tornando-me o senhor de Adão e Eva eu me tornaria também o senhor do universo. Se pudesse dominá-los para sempre eu seria como um deus,  semelhante ao Altíssimo. Mas, para isso, Adão e Eva teriam que se submeter voluntariamente a mim.
E eu seduzi Eva e ela ficou ardentemente apaixonada por mim. Simultaneamente procurei confundir suas ideias e enfraquecer sua ligação com Deus e com Adão. Até que um dia consegui tê-la em meus braços. Ela era uma adolescente frágil e confusa, e sentiu que aquilo estava errado e tentou escapar, mas eu a segurei com força e a violentei. E mesmo com medo de Deus ficamos longo tempo nos relacionando sexualmente sem que Adão soubesse. Adão passava seu tempo envolvido com os seres, os sabores e as belezas da Criação. Ele descuidou-se de sua dádiva mais preciosa: Eva.
Eu sempre soube que algum dia seria derrotado. Mas sabia que se pudesse manter os homens na ignorância e na descrença prolongaria o meu domínio sobre eles. Consegui mantê-los sob o meu domínio por um milhão e meio de anos. Eu sabia que sem os corpos físicos dos homens Deus não poderia agir concretamente na Terra; Deus seria apenas uma mente sem um corpo físico. E de tanto implorar pela ajuda de Deus, sem resultados, os homens acabariam caindo no ateísmo, o que fortaleceria ainda mais o meu controle sobre eles. Quando consegui afastar Adão e Eva de Deus eu os arrastei cada vez mais para longe d’Ele. Assim, com o passar do tempo a verdade e as lembranças deles e de seus descendentes foram sendo apagadas, suas mentes foram sendo esvaziadas e eu os levei para morar em cavernas. Seus descendentes perderam a habilidade de falar. E sem a linguagem não podiam articular pensamentos. Desse modo, ficaram como animais irracionais sob o meu completo domínio. Aos poucos, eu fui inventando e injetando em suas mentes a antiverdade: milhares de mitos absurdos,milhares de  falsos deuses cruéis e ensinei-lhes milhares de maus costumes violentos e amorais; fui criando suas novas memórias fundamentadas na mentira, da qual brotou a anticultura, uma cultura anti-humana e anti-Deus; a falsa história de mentiras, doenças, sofrimentos, traições, injustiças, violência, guerras e imoralidades que eu escrevi. Até o aparecimento do Cristo a história não foi uma história humana, mas angélica; não fora guiada e escrita por Deus, mas por anjos. Na história escrita pelos anjos os filhos de Deus foram escravizados, humilhados e postos numa posição abaixo dos anjos, e até abaixo dos animais. Em a ajuda de Deus,— atuando em suas consciências — os homens jamais se libertariam de mim.
Sem o Deus único e invisível e sem qualquer amor ou espiritualidade eu inventei livremente milhares de demônios fictícios, que chamei de deuses, e milhares de mentiras, falsos mitos sobre a origem do universo, do planeta, dos homens, dos animais e das sociedades. E assim, a humanidade passou a me venerar e a me adorar, cultuando demônios míticos sob a forma de astros, montanhas, pedras, árvores, animais, seres irreais como centauros, sátiros, minotauros, sereias e milhares de outras bobagens irreais que eu inventei para lhes preencher a mente e lhes roubar o tempo.
Eu humilhei e fiz os filhos de Deus O abandonarem e O ignorarem por completo, e a adorarem e cultuarem os anjos e outros seres humanos cruéis e imorais. Eu os ceguei a tal ponto que eles adoram até troncos e pedras no lugar de Deus. Eu ataquei furiosamente a família natural, pois sem ela o mundo sonhado por Deus jamais se concretizaria. Invadi e perverti a natureza humana, transformando homens em mulheres e mulheres em homens.Perverti o uso natural do sexo e do corpo, e fiz homens se relacionarem sexualmente com outros homens, mulheres com mulheres, velhos com crianças, vivos com cadáveres e homens com animais. Eu implantei na Terra o reino da mentira, da corrupção, da violência, da perversão e da abominação. Ordenei que bilhões de maus homens e mulheres espirituais viessem à Terra copular com os vivos. Ordenei que milhares de maus espíritos femininos invadissem o corpo físico de um único homem, levando-o a sentir atração por outros homens até o ponto em que decepassem seus pênis e transformassem seus corpos em corpos semelhantes aos das mulheres. Fiz o mesmo com as mulheres. Essa foi a maior vergonha e humilhação que eu pude impor ao Altíssimo. Eu transformei os homens — a glória de Deus — em lixo imundo; transformei os homens em meus escravos e transformei o mundo em uma gigantesca prisão-bordel cheia de ateus, mentirosos, ladrões, prostitutas, pervertidos, promíscuos, traidores e assassinos. E de todos eu sempre exigi obediência e devoção absolutas; exigi sacrifícios humanos, sangue humano de virgens e de crianças inocentes...
Exigi crueldade e impiedade absolutas em troca de poder político, das riquezas e do sexo. Eu sabia que quanto mais poderosos e ricos fossem os homens maus — meus filhos —mais imorais e corruptos eles tornar-seiams. Eu os induzi a mutilarem seus corpos para me agradar. Convenci-os de que era bonito esticar seus pescoços com argolas, quebrar seus dentes, tatuar e espetar coisas em seus corpos. Eu os fiz beijar serpentes venenosas e serem mortos por elas. Para mim, para os anjos e para os maus homens que ficaram ao meu lado aquilo tudo não passava de uma simples brincadeira. O mundo era um parque de diversões e os homens eram os nossos bonecos-brinquedos.
Sempre preferíamos as mulheres e os homens mais belos, jovens e fortes e os tornamos famosos, ricos e promíscuos. Sem que soubessem a beleza tornou-se uma maldição para eles. Quanto mais belos, mais sexo fazíamos com eles e mais promíscuos eles se tornavam. Nós podíamos dormir com qualquer mulher em qualquer mansão ou hotel luxuoso do mundo. Os homens não nos podiam ver e podíamos entrar neles e usar seus corpos sem que eles sequer desconfiassem. Dentro de seus corpos nós os fazíamos sentir o que estávamos sentindo. E eles confundiam nossos pensamentos e nossos sentimentos com os seus próprios. Nós pensávamos por eles, arrastando-os paro o ateísmo, o crime e a promiscuidade..
A vida dos homens nada valia para nós. Eu e as minhas legiões de anjos e maus homens espirituais fizemos os homens torturarem-se e matarem-se uns aos outros aos milhões, e com os métodos mais cruéis. Fizemos com que assassem uns aos outros em fogueiras e até comessem os corpos uns dos outros sem quaisquer culpa. Tudo o que eu queria era vingar-me d’Aquele que governa lá de cima. Eu fiz os homens guerrearem entre si enquanto eu e as minhas legiões nos divertíamos como se estivéssemos jogando um jogo onde as pedras do tabuleiro eram os próprios homens. E eles se matavam aos milhões. Eu levei o cruel e imoral Alexandre da Macedônia até as terras asiáticas a fim de destruir o povo eleito e impedir o nascimento do Cristo
Eu controlei as mentes e os corações dos homens mais cruéis e os transformei em reis com poder absoluto sobre tudo e sobre a vida de todos. E através das elites poderosas e ricas eu usufruí das riquezas, do poder e das mais belas filhas de Deus. Eu difamei,, persegui e matei todos os enviados de Deus, os profetas, os santos e os sábios que representassem algum perigo para eu e para o meu reino. E foi assim por um milhão e quinhentos mil anos. E tem sido assim até o dia de hoje. E sem saber exatamente em que consistiu a Queda do homem — os tolos crêem que todo o mal brotou da mordida em um fruto! Com essa crença mítica que eu enfiei em suas cabeças eles jamais conseguirão entender e nem se libertarão da natureza má que herdaram de mim e que está na essência de seus espíritos. Todas as suas religiões, filosofias, ciências e tecnologias de nada adiantarão para livrá-los de mim, pois estou neles, eu sou parte deles! Mesmo lendo que “o deus deste mundo cegou a inteligência dos incrédulos” e “vós tendes como pai o demônio, e a vossa vontade é satisfazer os desejos do vosso pai, porque ele é assassino deste o princípio.” Mesmo lendo estas palavras mil vezes eles nada entenderam. Eu os ceguei verdadeiramente! Eu sou um gênio! Aplausos para mim!

O DEUS ONISSENSÍVEL



O Deus Onissensível
E a Interpretação Aletopsicológica dos Super-heróis
Léo Villaverde
Jornalista-escritor


O Verdadeiro Pai, o Senhor Sun Myung Moon, revelou a situação real do Verdadeiro Deus: um ser isolado, abandonado e sofrido como nenhum outro ser no universo. O Verdadeiro Pai revelou que somente os Verdadeiros Pais (um homem e uma mulher verdadeiros e unidos) poderiam libertar Deus. Assim, a história de Deus e da humanidade tem sido uma história marcada pelo sofrimento e pela injustiça. Ao longo de toda a história Lúcifer e seus exércitos do mal  perseguiram e massacraram a humanidade. Quantas vítimas inocentes foram torturadas e mortas enquanto gritavam desesperadas pedindo a ajuda de Deus, que nada podendo fazer para ajudá-las, simplesmente sofria e chorava junto com elas? Antes do Verdadeiro Pai, ninguém jamais revelou a verdadeira situação de Deus. Por isso até mesmo os cristãos imaginam Deus apenas como um ser onisciente, onipotente e onipresente. Diante da verdadeira situação de Deus eu entendi que Deus é mesmo fundamentalmente amor. E criei a expressãoDeus onissensível para definir a característica essencial de Deus.
            O grito silencioso de Deus e o grito ruidoso da humanidade por justiça se manifestou no mundo social sob a forma dos super-herois. No livro Contribuição ao Pensamento Neoconservador (1986) escrevi que se reuníssemos em um só personagem todos os atributos dos super-vilões teríamos a figura do anti-Deus Lúcifer, e se reuníssemos em um só personagem todos os atributos dos super-heróis teríamos a figura de Deus manifestada no verdadeiro homem: o messias, o salvador, o libertador.
            Os super-heróis, portanto, são a personalização exteriorizada do desejo divino e humano por justiça. Os super-heróis representam o Deus, o salvador e o libertador justo e bondoso com poder real para defender as pessoas e enfrentar e vencer o mal. Os super-heróis são a resposta psicoemocional oriunda do desejo divino e humano por justiça e liberdade. Quando um criminoso ataca uma vítima no mundo real ela quase sempre é vencida e destruída. Mas no mundo imaginário dos super-heróis o criminoso é facilmente vencido e acaba punido. A criação imaginária dos super-heróis representa a resposta humana imaginária para explicar a ausência de Deus; o motivo pelo qual Deus não respondia aos apelos e gritos desesperados de seus filhos amados. Com a criação dos super-heróis, pelo menos no imaginário, as vítimas podiam (e podem) ver a manifestação do poder salvador e libertador de Deus. Assim, os super-heróis exercem uma função psicossocial da mais elevada necessidade psicoemocional.
               Todos os seres humanos possuem a mesma natureza inata e são movidos pelos mesmos sentimentos, os quais geram ideias e comportamentos (os arquétipos sentimentais, teóricos e comportamentais). Por isso, todos almejam a vitória final do bem (arquétipo do núcleo temático ODU onipresente nas lendas e fabulas em geral). Por isso, todos — crianças, jovens, adultos e idosos — se alegram com os super-heróis. Eles sempre vencem no final.
                 Do outro lado, as magias ocultistas e os super-vilões são a representação do anti-Deus Lúcifer e das forças do mal, as quais continuamente estão oprimindo e massacrando a humanidade. E este fato histórico também está representado nos arquétipos psicoemocionais da humanidade, claramente manifestados nos mitos, lendas, contos de fadas, romances, novelas, etc.
             Inconscientemente toda a humanidade sempre acreditou e esperou a vitória final do bem. Por quê? Porque esta é a promessa de Deus para toda a humanidade. Deus é um ser de amor e verdade, e nunca viola as leis espirituais, morais e naturais que ele próprio estabelceu. Isto é justiça perfeita. Por isso, a Providência divina segue normas e leis justas. Deus vencerá, mas com base nas condições justas e perfeitas, e no devido tempo. Eis a promessa de Deus para toda a humanidade. E a humanidade parece ter acreditado nessa promessa, e aguarda, torce e ajuda Deus a conquistar a vitória final. Na verdade, o imaginário humano concede poderes sobre-humanos, divinos, até mesmo aos líderes-fundadores das religiões. Por isso afirmam que Buda já reencarnou 500 vezes e que Jesus é o próprio Deus Criador do universo. O aparecimento e a vitória das religiões no mundo real, dominado pelas forças do mal, deveriam ser vistas como uma prova histórica real de que Deus está ativo e cumprirá as suas promessas. Deus e a humanidade serão libertados. O bem vencerá o mal e Deus e a humanidade — a família de Deus — viverão felizes e em paz por toda a eternidade.
           

A INTERPRETAÇÃO DOS CONTOS DE FADA


Aletopsicologia.
A interpretação dos contos de fadas
Léo Villaverde
Jornalista-escritor

A interpretação aletopsicológica dos contos de fadas me ocorreu em 1988 a partir de uma revelação de Jesus, por ocasião de sua vinda espiritual ao Brasil. Naquela ocasião Jesus revelou que os contos de fadas são instrumentos educacionais inspirados por Deus para reeducar a humanidade já a partir da infância. Assim, alguns mitos, lendas,  personagens folclóricos e contos de fadas possuem os mesmos conteúdos arquetípicos no sentido aletopsicológicos estudados anteriormente. Vejamos alguns exemplos:
             1. A história da Bela Adormecida possui o núcleo temático ODU; é a história de uma família feliz (Deus) que teve sua filha (Eva) atacada por uma bruxa invejosa e má (Lúcifer) que condenou a menina ao um sono de 100 anos. E todo o reino (a humanidade) adormeceu (morreu espiritualmente) juntamente com a menina. Ela somente seria despertada (ressuscitada espiritualmente juntamente com todo o reino) por um beijo (amor verdadeiro) de um príncipe justo e bondoso (o messias), que a salvaria e a libertaria, derrotando a bruxa má.
             2. A história de Chapeuzinho Vermelho. É a história de uma menina boazinha (Eva) que vai visitar sua avó (Deus), sendo obrigada a atravessar uma floresta (responsabilidade pessoal) na qual um lobo mau (Lúcifer) a espreitava para lhe devorar. O lobo mau (Lúcifer) ataca a avó de Chapeuzinho Vermelho (Deus) e ocupa seu lugar, disfarçando-se de avó (Lúcifer atacou Deus e ocupou seu lugar a fim de se vingar de Deus, devorando a humanidade). O lobo mau (Lúcifer) não consegue devorar Chapeuzinho Vermelho, que foge e chama os caçadores (os profetas e o messias) e estes abrem a barriga do lobo mau e salvam a avó de Chpeuzinho Vermelho (libertam Deus).
           3. A história da Bela e a fera. Um príncipe mau (o anjo Lúcifer) foi transformado em uma fera pelo poder de uma bruxa (= mal). E a fera e todos em seu palácio ficam escravizados, transformados em objetos vivos pelo poder da bruxa má. O encanto maléfico lançado sobre o príncipe mau e sobre o seu reino somente será quebrado pelo amor verdadeiro; por uma mulher pura que o ame apesar de sua feiura. A menina Bela descobre que por baixo de sua aparência feia a fera possui um coração capaz de amar. E a Bela se apaixona pela fera, libertando o príncipe mau que se arrepende de sua maldade e volta a ser um príncipe do bem (o Adão de Deus, o messias). O núcleo temático dessa história está relacionado com o pecado original da mulher. Eva pecou e transformou Lúcifer e Adão em feras más. Agora, uma mulher  (uma nova Eva divina) deve amar e salvar a fera, quebrando o poder do ódio com o poder do amor, e trazendo o verdadeiro príncipe de volta, agora tornado justo e bondoso pelo poder do amor.
            4. A história dos três proquinhos. A história dos três porquinhos representa a história da Providência de Salvação da humanidade, que foi centralizada  nos 3 Adãos: o I Adão, o II Adão (Jesus) e o III Adão (O Verdadeiro Pai, o Senhor Sun Myung Moon). O lobão simboliza o Lúcifer, o anjo que se tornou satanás, o adversário de Deus. O sonho do lobão é devorar os três porquinhos. O primeiro porquinho simboliza o I Adão, que foi imprudente e inconsequente e construiu sua casa com palha (casa = corpo. Não protegeu seu corpo) e esta foi facilmente destruída pelo sopro (a força do ódio) do lobão. O segundo porquinho represenmta o II Adão (Jesus), que construiu sua casa com madeira (foi atacado e forçado a sacrificar  o seu corpo) e esta foi igualmente destruída pelo sopro do lobão. O terceiro porquinho representa o III Adão (o Verdadeiro Pai, o Senhor Sun Myung Moon). Este, conhecendo a história dos dois porquinhos que vieram antes de si, preveniu-se e construiu sua casa com tijolos e cimento (protegeu fortemente o seu corpo físico). O lobão soprou com todas as suas forças e não conseguiu destruir a casa do terceiro porquinho. E o lobão foi vencido e desistiu de seu intento.
            Como vimos estas 4 histórias infantis contém o núcleo temático da história da criação-queda-recriação da humanidade. Não se trata de mensagens subliminares, mas mensagens informativas e educacionais. As histórias infantis transmitem às crianças a educação Deusista: espiritual, moral, cultural, familiar e social, na qual o bem é valorizado e estimulado e o mal é reprovado e derrotado. Um estudo atencioso, à luz da teoria alepsicológica dos contos de fadas, revelará que todas as histórias infantis da literatura universal e histórica contém o núcleo temático ODU, o qual revela a história da criação do homem, da aleinação homem-Deus e da recriação/salvação da humanidade do domínio do anjo Lúcifer.
           Por que todas as pessoas — crianças, jovens, adultos e idosos — de todos as épocas e de todos os lugares se enternecem, se entristecem, sofrem e se alegram com estas histórias tão semelhantes? Por que nunca se cansam de lê-las e assisti-las tão repetidamente? Porque estas historias infantis — o núcleo temático ODU — é a história da própria humanidade, e está onipresente na natureza humana inata e na mente social da humanidade (e na memória dos ancestrais) sob a forma de arquétipos sentimentais, teóricos e comportamentais. Todos os seres humanos, mesmos aqueles transformados em bestas, conservam em si o desejo essencial por beleza, verdade e bem. E é a onipresença universal da natureza humana original (busca pelo amor, pela verdade e pelo belo; busca dos três desejos essenciais: educação divina, família divina e prosperidade divina) o fator que possibilita o arrependimento, a mudança de sentimento, e as consequentes mudanças de mentalidade e  de comportamento. Sem a natureza humana original a salvação/recriação/libertação da humanidade seria impossível. Por outro lado, todos os seres humanos trazem em si a memória de sua infância, pois os jovens, adultos e idosos são ainda a mesma pessoa/criança que foram no passado. Apenas se desenvolveram e envelheceram.

ARQUÉTIPOS PRINCIPALÍSTICOS E ANTIPRINCIPALÍSTICOS



Teoria aletopsicológica dos arquétipos.
Os arquétipos principalísticos e antiprincipalísticos
Léo Villaverde
Jornalista-escritor

O psicólogo vienense Carl Gustav Jung (1875-1961) desenvolveu o conceito dos arquétipos,* a partir de sua observação reiterada de que os mitos, as lendas, os contos da literatura universal e as religiões encerram temas bem definidos que reapareceram em toda parte em todos os tempos. Jung discordou e se separou de Freud e de seu ateísmo. Por isso, desenvolveu uma obra pró-Deusista. O conceito de arquétipo junguiano assemelha-se à teoria platônica das idéias inatas, presentes nas mentes dos deuses, e que estabeleciam os modelos para todas as realidades no mundo humano. Trata-se de um conceito psíquico irrepresentável em imagem e incompreensível intelectualmente, mas que ainda assim governa a vida humana. O conceito junguiano de arquétipo é quase uma repetição do conceito de inconsciente individual freudiano (um “porão” psíquico repleto de experiências desagradáveis reprimidas). Jung esvaziou e ampliou o conceito freudiano, chamando-o de inconsciente coletivo. O conceito de arquétipo junguiano também pode ser interpretado como o próprio psiquismo em si; a capacidade psíquica potencial (de Deus) manifestada no homem; embora Jung não tenha reveladeo explicitamente essa visão..
Vê-se, portanto, que o conceito junguiano de arquétipo difere do conceito alepsicológico, a Psicologia da Unificação, que define arquétipos como o conjunto de sentimentos, ideias e comportamentos (naturais e antinaturais) que se manifestam reiteradamente em todos os tempos e em todos os lugares. A teoria aletopsicológica dos arquétipos se fundamenta e deriva da teoria da natureza humana original (inata) e da teoria da ruptura original, o evento primevo que apartou o homem de Deus, afastando-o do amor (fonte da consciência moral) e da verdade original (fonte da conduta original), lançando-o no ateísmo, na ignorância, na imoralidade e na criminalidade. Apartado de Deus e sob o domínio de Lúcifer, o anjo rebelado (anjo = ser exclusivamente espiritual com aparência humana), o ser humano foi rebaixado à condição infra-animal da vida nas cavernas, onde foi mantido durante 1.5 milhão de anos, segundo revelação do Verdadeiro Pai, o Senhor Sun Myung Moon (CSG ). A elevação do homem do estado infra-animal para o atual estado de consciência espiritual e moral, e de conhecimento e verdade somente foi possível devido à realidade da mente original; da natureza humana originalmente divina. Esta foi o ponto de contato não quebrado que permitiu a Deus o resgate e a libertação gradual do homem da ignorância e da maldade para o conhecimento e a bondade; um processo de resgate (restauração = salvação) ainda não completamente concluído.
            Originalmente o homem foi criado como imagem e semelhança de seu Criador: com uma natureza dual, caráter interno e forma externa (mente-corpo), positividade-negatividade (homem-mulher). A finalidade da criação do homem foi a automanifestação do próprio Deus invisível e infinita sob uma forma visível e finita: o ser humano, que seria o “corpo” substancial de Deus, e por meio do qual o Criador se relacionaria e desfrutaria de sua obra criada. O Criador inscreveu na natureza humana original o caminho que o homem deveria seguir naturalmente: o caminho dos três desejos essenciais: educação, família e prosperidade (Crescei! Multiplicai! Subjugai a natureza!). Uma educação fundamentada na verdade, uma família fundamentada no amor e uma prosperidade fundamentada na honestidade.
            Com a ruptura o homem ficou sob o comando de Lúcifer, e passou a ser conduzido por ele numa direção completamente oposta à direção divina original; isto é, no caminho oposto à concretização natural dos três desejos essenciais da natureza humana. Ou seja: uma anti-educação fundamentada na falsidade, uma antifamília fundamentada no desamor e uma prosperidade fundamentada na desonestidade. Assim, a natureza humana original: o amor altruísta e a verdade originais foram sufocados e “substituídos pelo desamor egoísta e pela mentira (a antiverdade). E o desamor egoísta e a antiverdade predominaram na história. Todavia, como o homem é uma criatura divina criada à imagem e semelhança do Deus-Criador, sua natureza original inata não pode ser extinguida, eliminada. O sofrimento (regido pela lei da indenização) permitiu a Deus aproximar-se do homem a partir de sua essêncial original espiritual, inspirando e desenvolvendo as religiões como caminhos para o religamento (o termo religião vem do latimreligare = religar). E o homem começou a tomar consciência da realidade de um ser supremo, da realidade do corpo espiritual e da realidade do mundo espiritual. E estas três crenças universais e históricas — um ser supremo, um corpo espiritual e um mundo espiritual — são os primeiros arquétipos principalísticos teóricos que afluíram à flor do pensamento humano e tem acompanhado a humanidade ao longo da história. Mas como a natureza humana original não é constituída unicamente de elementos teóricos (verdade original), mas também de sentimentos (amor original) e atos (moral original), paralelamente o homem recuperava o amor original (amor sacrifical) e a moral original (moral familista). Assim, a verdade original (arquétipos teóricos), o amor original (arquétipos sentimentais) e a moral original (arquétipos comportamentais) constituem os três tipos de arquétipos principalísticos que tem afluído à consciência humana ao longo da história.
            Mas estes três tipos de arquétipos principalísticos originais foram sufocados e “substituídos” ao longo da história por arquétipos não-originais, antiprincipalísticos, os quais deram origem a um mundo ateísta, mentiroso, amoral e desonesto; de modo que a mentira, a imoralidade e a desonestidadetornaram-se os arquétipos antiprincipalísticos que construíram a sociedade atual anti-Deus e anti-humana.
            A história da criação do universo e do homem, a história da alienação homem-Deus e a história da restauração da ordem original (a história providencial) foram sufocadas e relegadas ao esquecimento, mas também não foram apagadas da memória divina e nem da memória espiritual da humanidade. Assim, esta história de três partes (criação-alienação-restauração) tem sido contada e recontada ao longo de toda a história por meio de fábulas, lendas, mitos, romances, roteiros de cinema, novelas, etc. Trata-se de uma história com um núcleo temático comum e muito simples composto por três partes: Parte I: Um casal está apaixonado e feliz; Parte II: Um personagem mau ataca e lança o casal na infelicidade; Parte III: Um personagem bom ajuda e liberta o casal, que vive feliz para sempre. Esta é a síntese de praticamente todos os contos de fadas, das histórias de amor dos romances, dos contos, dos filmes, das novelas, etc. E esta história de origem-divisão-união social que se repetiu e se repete em todos os tempos e lugares do planeta conta e reconta a história providencial da recriação (restauração, recriação) da humanidade, a qual está avançando segundo o processo da criação original do universo, que se deu por meio da ação de origem-divisão-únião natural. *  
Essa história simples e universal — núcleo temático que pode ser chamado de núcleo ODU — está gravado na mente individual e coletiva da humanidade como um arquético universal e histórico. É como um trem preso aos trilhos; não pode evitá-lo porque sua mente é una com o psiquismo do universo e com a mente cósmica esssencial de Deus (a mente do homem é como uma gota d’água num rio infinito). O núcleo temático dessa história simples e universal é mais um arquétipo principalístico onipresente na mente coletiva, ou social, da humanidade.
             O Princípio Divino informa que ao criar o homem Deus inscreveu em sua natureza três desejos essenciais: educação, família e prosperidade (Crescei! Multiplicai! Suibjigai a o universo!). Estes três desejos essenciais são direitos e deveres que o homem deve cumprir para atingir a plena realização e a plena felicidade: Como estão inscritos na natureza inata da humanidade todos os sers humanos em todos os tempos e lugares são impulsionados pelos três desejos essenciais de sua natureza inata, os quais são tão vitais para a sua vida espiritual quanto o sol, o ar, água e os alimentos para a sua vida física. Assim, as ações humanas relacionadas com a realização dos três desejos essenciais são como arquétipos principalísticos comportamentais; a humanidade não tem consciência de sua presença e nem de sua força atrativa e impulsiva em sua vida, mas não pode afastar-se da trilha traçada pelos três desejos essenciais, pois eles estão inscritos em sua própria natureza.  Todavia, como a ruptura orginal alienou o homem de Deus e colocou sob o domínio de Lúcifer, este buscou desviar o homem da trilha dos três desejos essenciais, ou inverter a ordem de sua realização, impossibilitando-os. Lúcifer empurrou a buscar primeiro a prosperidade (a riqueza material). Morto espiritualmente (alienado do amor-vida de Deus) o homem despreza as fontes de elementos de vitalidade espiritual (beleza, verdade e bem, que lhe são fornecidas pela arte, pela ciência e pela religião verdadeira), e se corrompe sexualmente entregue aos prazeres do corpo. Desse modo, nunca realiza o primeiro desejo essencial (a autoeducação espiritual, moral, cultural, familiar e social). Desse modo, as ações do homem no caminho inverso e pervertido da realização dos três desejos essenciais também representam três arquétipos antiprincipalísticos que caracterizam o comportamento do homem alienado de Deus. Contudo, como a natureza humana não pode ser anulada, Lúcifer criou elementos sucedâneos falsos a fim de satisfazer a natureza humana. Por isso inventou a anti-arte, a mitologia e a magia ocultista (sucedâneos falsos para a arte, a ciência e a religião verdadeiras). Mesmo a ciência ateísta contemporânea está apoiada em um conjunto de mitos, tais como o mito do Big Bang, o mito da hipótese nebular, o mito da evolução das espécies, o mito da origem social da mente e o mito da origem econômica da sociedade.
        O Princípio Divino também informa que ao criar o homem Deus inscreveu em sua natureza original o impulso para amar, servir, obedecer e seguir o caminho do amor verdadeiro; o caminho do bem. Estes impulsos originais da natureza humana são, portanto, mais 4 arquétipos principalísticos que marcaram e marcam a conduta histórica da humanidade, sempre praticados por uma minoria da humanidade. Jesus é o exemplo mais conhecido de um ser humano que viveu para amar, servir, obedecer e seguir o caminho do amor verdadeiro; o caminho bem. Ele próprio resumiu seu pensamento e seu estilo de vida na frase: “Amai a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo.”
        Mais uma vez, contudo, como o homem foi apartado de Deus e caiu sob o domínio de Lúcifer, este novamente atuou em sua mente e em seu coração para perverter e desviar o homem do caminho do amor verdadeiro; o caminho bem. E Lúcifer empurrou o homem na direção do desamor (ateísmo), do desserviço (egoísmo), da desobediência (rebelião) e da maldade (multiplicação do mal). Desse modo, estes 4 tipos de comportamentos anti-Deus e anti-humanos (que caracterizam a natureza pervertida dos homens; os sociopatas) são também 4 arquétipos comportamentais antiprincipalísticosque marcaram a conduta histórica e universal da humanidade. Do mesmo modo os 4 erros (atos antinaturais, ou pecados originais) ocorridos na origem, na família primária de Adão e Eva — a descrença, o adultério, o roubo e o assassinato — tem se repetido ao longo de toda a história humana como arquétipos comportamentais antiprincipalísticos que tem sido legados e herdados pela humanidade pervertida desde a rupruta original. E como a família é a célula-mãe da sociedade, e a célula-mãe primária foi infectada pelo mal, este tem sido legado de geração a geração ao longo de toda a história. Por isso o Cristianismo informa que o pecado original (a natureza pervertida) tem sido transmitido de geração a geração pela linhagem de sangue.
       O comportamento pervertido — as perversões sexuais e as perversões em geral —derivam dos arquétipos antiprincipalísticos. Por isso, enquanto eles existirem a criminalidade, em todas as suas manifestações, não desaparecerá da face da Terra. Por isso somente a elevação da espiritualidade (a intervenção de Deus na mente e no coração do homem) pode elevar o nível de amor, verdade e bem.
        Outros arquétipos sentimentais que se refletem nas ideias e no comportamento humano são os arquétipos do ser híbrido e do comportamento antinatural e precipitado. A ruptura original consistiu em um ato sexual antinatural e extemporâneo, o qual deu-se em duas etapas: um ato sexual antinatural entre o anjo Lúcifer e a mulher Eva e um ato sexual precipitado, extemporâneo, entre o homem Adão e a mulher Eva ainda imaturos. As provas bíblicas, históricas, psicológicas e sociológicas da ruptura original estão semeadas em todo o mundo ao longo de toda a história.
        Estes eventos primevos geraram um conjunto de sentimentos, os quais se manifestaram nas ideias e na conduta humana em todos os lugares ao longo de toda a história sob a forma de arquétipos comportamentais. Um arquétipo possui três faces: sentimento-ideia-conduta. Assim, o arquétipo comportamental é a terceira face manifesta de um arquétipo sentimental. A análise bíblica, histórica, sociológica e psicológica demonstrou que o comportamento humano foi marcada em todos os tempos e lugares também por três arquétipos: 1. o arquétipo da conduta antinatural (violação dos princípios morais e naturais: sexo com pessoas do mesmo sexo, com animais, com parceiros múltiplos, etc); 2. o arquétipo da conduta precipitada: sexo (extemporânea): com crianças, sexo com adolescentes, sexo precoce, etc; 3. o arquétipo do ser hibrido. Como o ato sexual entre o anjo Lúcifer e a mulher Eva foi um ato antinatural entre espécies diferentes; e como o anjo Lúcifer é um ser exclusivamente espiritual (não possui corpo físico), o ato foi exclusivamente espiritual e gerou um fruto também espiritual. Por esse motivo a natureza humana é dúbia; dividida entre duas natureza opostas e excludentes e em constante conflito entre si. Este fato absurdo é a causa da conduta dúbia e contraditória da humanidade: deseja a paz, mas faz a guerra; deseja o bem, mas faz o mal, deseja a pureza, mas gera a impureza, etc. A natureza dúbia, dividida e conflitada do ser humano foi detectada por Freud em sua teoria do conflito intrapsíquico e por Frank em suas teorias do Deus desconhecido e da perda do sentido da vida. Desse modo, a natureza humana atual é híbrida, produto do cruzamento espiritual entre duas espécies: angélica e humana. Esta é a origem do arquétipo do hibridismo.
          O arquétipo do hibridismo tem sido manifestado por todos os lugares ao longo de toda a hstória. Dos centauros, sereias, sátiros, minotauros, medusas e semideuses (produto do cruzamente entre os deuses e as mulheres) da mitologia grega às histórias de O Médico e do Monstro (de Robert Louis Stevenson),*  O incrível Hulk,  de A bela e a fera e da Pequena Sereia Ariel (como o anjo Lúcifer, desejou se tornar humana) aos filmes hollywoodianos (especialmente A Cidade dos Anjos, com Nicolas Cage, onde um anjo se apaixona por uma mulher e decide se tornar humano)... Todos são reproduções do mesmo aqrquétipo do hibridismo. Atualmente os seres míticos da mitologia antiga estão ganhando vida e tornando-se reais nas aberrações das espécies transgênicas, que nada mais são do que uma tentativa atrevida e ensandecida de aperfeiçoar o que já é perfeito (a Criação divina).
         Como vimos, a teoria aletopsicológica dos arquétipos, ao propor a realidade dos arquétipossentimentaisteóricos e comportamentais principalísticos (naturais, originais) e antiprincipalísticos (antinaturais, pervertidos), inova, aprofunda e amplia a teoria dos arquétipos de Jung, que se restringiu aos aspectos relacionados com o conteúdo irrepresentável e incompreenspivel do psiquismo, que chamou deinconsciente coletivo. Sob a influência ateísta de Freud, Jung confundiu e fundiu teoricamente a mente física (instintiva do corpo físico) com a mente espiritual (consciente, inteligente, criativa e dotada de conteúdo teórico/protótipos mentais do corpo espiritual). Mas o equívoco de Jung foi além e confundiu a própria natureza humana inata (dotada de sentimento, inteligência, criatividade, memória e vontade) com a mente física instintiva; que chamou de inconsciente coletivo.
          Na teoria aletospicológica dos arquétipos, a ruptura original, uma experiência traumática primeva, duplicou e dividiu a natureza humana, tornando-a angélica e humana simultaneamente. Esse estado híbrido igualmente gerou um conjunto de sentimentos, ideias e comportamentos híbridos, dúbios, opostos e excludentes, mas presentes e atuantes na natureza humana, que se tornou dividida e contraditória. Assim, a história da humanidade está marcada por sentimentos, ideias e comportamentos contraditórios e conflitantes, aos quais a aletopsicologia chamou de arquétipos principalísticos (oriundos da natureza humana original) e arquétipos antiprincipalísticos (oriundos da natureza híbrida pervertida). O papel da aletopsicologia (e das psicologia em geral) é resolver este problema; ajudar a humanidade a eliminar de sua natureza os elementos estranhos que a invadiram e a parasitam, libertando-a do estado de conflito intrapsíquico e devolvendo-lhe a paz interior.





* Jung e o conceito de arquétipo. “Arquétipos são a parte herdada da psique; padrões de estrutura e desempenho psíquico ligados ao instinto; uma entidade hipotética irrepresentável em si mesma e evidente somente através de suas manifestações:  imagens eram semelhantes a motivos repetidos em toda parte e por toda a história, porém seus aspectos principais são sua numinosidade, inconsciência e autonomia. Na concepção de Jung o inconsciente coletivo gera tais imagens. Os arquétipos são o conteúdo psiquico, e não o esboço manifesto. São  o padrão inconsciente irrepresentável. Não são imagens arquetípicas compreensíveis pelo homem. O arquétipo é um conceito psicossomático, unindo corpo e psique, instinto e imagem. Jung não considerava psicologia e imagens como correlatos ou reflexos de impulsos biológicos. Os arquétipos são percebidos em comportamentos externos, especialmente aqueles que se aglomeram em torno de experiências básicas e universais da vida, tais como nascimento, casamento, maternidade, morte e separação. Também se aderem à estrutura da própria psique humana e são observáveis na relação com a vida interior ou psíquica, revelando-se por meio de figuras tais como animasombrapersona, e outras mais. Teoricamente poderia existir qualquer número de arquétipos. Padrões arquetípicos esperam o momento de se realizarem na personalidade, são capazes de uma variação infinita, são dependentes da expressão individual e exercem uma fascinação reforçada pela expectativa tradicional ou cultural; Os arquétipos suscitam o afeto, cegam o indivíduo para a realidade e tomam posse da vontade. Viver arquetipicamente é viver sem limitações (inflação). Entretanto, dar expressão arquetípica a alguma coisa pode ser interagir conscientemente com a imagem coletiva, histórica. Todas a imagens psíquicas compartilham, até certo ponto, do arquetípico. Esta é a razão por que os sonhos e muitos outros fenômenos psíquicos possuem numinosidade.. Qualidades arquetípicas são encontradas em símbolos, o que explica sua fascinação, utilidade e recorrência. Deuses são metáforas de comportamentos arquetípicos e mitos são encenações arquetípicas. Os arquétipos não podem ser completamente integrados nem esgotados em forma humana. A análise da vida implica uma conscientização crescente das dimensões arquetípicas da vida de uma pessoa. O conceito do arquétipo, de Jung, está relacionado com a teoria platônica das Idéias inatas, presentes nas mentes dos deuses, e que servem como modelos para todas as entidades no reino humano. As categorias apriorísticas da percepção, de Kant, e os protótipos de Schopenhauer também são conceitos precursores do conceito junguiano de arquétipos. Jung definiu os arquétipos como premissas profundas do funcionamento psíquico e delineadoras do modo pelo qual percebemos e nos relacionamos com o mundo. O arquétipo seria uma estrutura psicológica inata, a qual também abordada na psicanálise da escola kleiniana; Isaacs (fantasia inconsciente), Bion (preconcepção) e Money-Kyrle (Cf. Money-Kyrle, 1978). A teoria dos arquétipos, de Jung também pode ser comparada ao pensamento estruturalista (Samuels, 1983). O biólogo Sheldrake relaciona os arquétipos de Jung com sua teoria dos campos morfogenéticos” (Apud internet: Dicionário Crítico de Análise Junguiana).

* Ação ODU. O Princípio Divino informa que Deus criou o universo utilizando-se do processo/mecanismo da ação ODU: Na origem as características duas de Deus são unas (ação de Origem). Na criação Deus manifesta suas características duais divididas em elementos distintos e complementares; pares sujeito-objeto, positivo-negativo (ação de Divisão). A seguir os elementos distintos e complementares se unem (ação de União) para se multiplicarem e perpetuarem.  Esse mesmo processo e mecanismo adotado na criação do universo e do homem está sendo empregado por Deus, agora em nível social, para a recriação do homem.

* O Médico e o Monstro (título original em inglês: The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde) é o nome de um livro de Robert Louis Stevenson publicado em 1886.