sábado, 28 de julho de 2012

A INTERPRETAÇÃO DOS CONTOS DE FADA


Aletopsicologia.
A interpretação dos contos de fadas
Léo Villaverde
Jornalista-escritor

A interpretação aletopsicológica dos contos de fadas me ocorreu em 1988 a partir de uma revelação de Jesus, por ocasião de sua vinda espiritual ao Brasil. Naquela ocasião Jesus revelou que os contos de fadas são instrumentos educacionais inspirados por Deus para reeducar a humanidade já a partir da infância. Assim, alguns mitos, lendas,  personagens folclóricos e contos de fadas possuem os mesmos conteúdos arquetípicos no sentido aletopsicológicos estudados anteriormente. Vejamos alguns exemplos:
             1. A história da Bela Adormecida possui o núcleo temático ODU; é a história de uma família feliz (Deus) que teve sua filha (Eva) atacada por uma bruxa invejosa e má (Lúcifer) que condenou a menina ao um sono de 100 anos. E todo o reino (a humanidade) adormeceu (morreu espiritualmente) juntamente com a menina. Ela somente seria despertada (ressuscitada espiritualmente juntamente com todo o reino) por um beijo (amor verdadeiro) de um príncipe justo e bondoso (o messias), que a salvaria e a libertaria, derrotando a bruxa má.
             2. A história de Chapeuzinho Vermelho. É a história de uma menina boazinha (Eva) que vai visitar sua avó (Deus), sendo obrigada a atravessar uma floresta (responsabilidade pessoal) na qual um lobo mau (Lúcifer) a espreitava para lhe devorar. O lobo mau (Lúcifer) ataca a avó de Chapeuzinho Vermelho (Deus) e ocupa seu lugar, disfarçando-se de avó (Lúcifer atacou Deus e ocupou seu lugar a fim de se vingar de Deus, devorando a humanidade). O lobo mau (Lúcifer) não consegue devorar Chapeuzinho Vermelho, que foge e chama os caçadores (os profetas e o messias) e estes abrem a barriga do lobo mau e salvam a avó de Chpeuzinho Vermelho (libertam Deus).
           3. A história da Bela e a fera. Um príncipe mau (o anjo Lúcifer) foi transformado em uma fera pelo poder de uma bruxa (= mal). E a fera e todos em seu palácio ficam escravizados, transformados em objetos vivos pelo poder da bruxa má. O encanto maléfico lançado sobre o príncipe mau e sobre o seu reino somente será quebrado pelo amor verdadeiro; por uma mulher pura que o ame apesar de sua feiura. A menina Bela descobre que por baixo de sua aparência feia a fera possui um coração capaz de amar. E a Bela se apaixona pela fera, libertando o príncipe mau que se arrepende de sua maldade e volta a ser um príncipe do bem (o Adão de Deus, o messias). O núcleo temático dessa história está relacionado com o pecado original da mulher. Eva pecou e transformou Lúcifer e Adão em feras más. Agora, uma mulher  (uma nova Eva divina) deve amar e salvar a fera, quebrando o poder do ódio com o poder do amor, e trazendo o verdadeiro príncipe de volta, agora tornado justo e bondoso pelo poder do amor.
            4. A história dos três proquinhos. A história dos três porquinhos representa a história da Providência de Salvação da humanidade, que foi centralizada  nos 3 Adãos: o I Adão, o II Adão (Jesus) e o III Adão (O Verdadeiro Pai, o Senhor Sun Myung Moon). O lobão simboliza o Lúcifer, o anjo que se tornou satanás, o adversário de Deus. O sonho do lobão é devorar os três porquinhos. O primeiro porquinho simboliza o I Adão, que foi imprudente e inconsequente e construiu sua casa com palha (casa = corpo. Não protegeu seu corpo) e esta foi facilmente destruída pelo sopro (a força do ódio) do lobão. O segundo porquinho represenmta o II Adão (Jesus), que construiu sua casa com madeira (foi atacado e forçado a sacrificar  o seu corpo) e esta foi igualmente destruída pelo sopro do lobão. O terceiro porquinho representa o III Adão (o Verdadeiro Pai, o Senhor Sun Myung Moon). Este, conhecendo a história dos dois porquinhos que vieram antes de si, preveniu-se e construiu sua casa com tijolos e cimento (protegeu fortemente o seu corpo físico). O lobão soprou com todas as suas forças e não conseguiu destruir a casa do terceiro porquinho. E o lobão foi vencido e desistiu de seu intento.
            Como vimos estas 4 histórias infantis contém o núcleo temático da história da criação-queda-recriação da humanidade. Não se trata de mensagens subliminares, mas mensagens informativas e educacionais. As histórias infantis transmitem às crianças a educação Deusista: espiritual, moral, cultural, familiar e social, na qual o bem é valorizado e estimulado e o mal é reprovado e derrotado. Um estudo atencioso, à luz da teoria alepsicológica dos contos de fadas, revelará que todas as histórias infantis da literatura universal e histórica contém o núcleo temático ODU, o qual revela a história da criação do homem, da aleinação homem-Deus e da recriação/salvação da humanidade do domínio do anjo Lúcifer.
           Por que todas as pessoas — crianças, jovens, adultos e idosos — de todos as épocas e de todos os lugares se enternecem, se entristecem, sofrem e se alegram com estas histórias tão semelhantes? Por que nunca se cansam de lê-las e assisti-las tão repetidamente? Porque estas historias infantis — o núcleo temático ODU — é a história da própria humanidade, e está onipresente na natureza humana inata e na mente social da humanidade (e na memória dos ancestrais) sob a forma de arquétipos sentimentais, teóricos e comportamentais. Todos os seres humanos, mesmos aqueles transformados em bestas, conservam em si o desejo essencial por beleza, verdade e bem. E é a onipresença universal da natureza humana original (busca pelo amor, pela verdade e pelo belo; busca dos três desejos essenciais: educação divina, família divina e prosperidade divina) o fator que possibilita o arrependimento, a mudança de sentimento, e as consequentes mudanças de mentalidade e  de comportamento. Sem a natureza humana original a salvação/recriação/libertação da humanidade seria impossível. Por outro lado, todos os seres humanos trazem em si a memória de sua infância, pois os jovens, adultos e idosos são ainda a mesma pessoa/criança que foram no passado. Apenas se desenvolveram e envelheceram.

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