sábado, 28 de julho de 2012

ARQUÉTIPOS PRINCIPALÍSTICOS E ANTIPRINCIPALÍSTICOS



Teoria aletopsicológica dos arquétipos.
Os arquétipos principalísticos e antiprincipalísticos
Léo Villaverde
Jornalista-escritor

O psicólogo vienense Carl Gustav Jung (1875-1961) desenvolveu o conceito dos arquétipos,* a partir de sua observação reiterada de que os mitos, as lendas, os contos da literatura universal e as religiões encerram temas bem definidos que reapareceram em toda parte em todos os tempos. Jung discordou e se separou de Freud e de seu ateísmo. Por isso, desenvolveu uma obra pró-Deusista. O conceito de arquétipo junguiano assemelha-se à teoria platônica das idéias inatas, presentes nas mentes dos deuses, e que estabeleciam os modelos para todas as realidades no mundo humano. Trata-se de um conceito psíquico irrepresentável em imagem e incompreensível intelectualmente, mas que ainda assim governa a vida humana. O conceito junguiano de arquétipo é quase uma repetição do conceito de inconsciente individual freudiano (um “porão” psíquico repleto de experiências desagradáveis reprimidas). Jung esvaziou e ampliou o conceito freudiano, chamando-o de inconsciente coletivo. O conceito de arquétipo junguiano também pode ser interpretado como o próprio psiquismo em si; a capacidade psíquica potencial (de Deus) manifestada no homem; embora Jung não tenha reveladeo explicitamente essa visão..
Vê-se, portanto, que o conceito junguiano de arquétipo difere do conceito alepsicológico, a Psicologia da Unificação, que define arquétipos como o conjunto de sentimentos, ideias e comportamentos (naturais e antinaturais) que se manifestam reiteradamente em todos os tempos e em todos os lugares. A teoria aletopsicológica dos arquétipos se fundamenta e deriva da teoria da natureza humana original (inata) e da teoria da ruptura original, o evento primevo que apartou o homem de Deus, afastando-o do amor (fonte da consciência moral) e da verdade original (fonte da conduta original), lançando-o no ateísmo, na ignorância, na imoralidade e na criminalidade. Apartado de Deus e sob o domínio de Lúcifer, o anjo rebelado (anjo = ser exclusivamente espiritual com aparência humana), o ser humano foi rebaixado à condição infra-animal da vida nas cavernas, onde foi mantido durante 1.5 milhão de anos, segundo revelação do Verdadeiro Pai, o Senhor Sun Myung Moon (CSG ). A elevação do homem do estado infra-animal para o atual estado de consciência espiritual e moral, e de conhecimento e verdade somente foi possível devido à realidade da mente original; da natureza humana originalmente divina. Esta foi o ponto de contato não quebrado que permitiu a Deus o resgate e a libertação gradual do homem da ignorância e da maldade para o conhecimento e a bondade; um processo de resgate (restauração = salvação) ainda não completamente concluído.
            Originalmente o homem foi criado como imagem e semelhança de seu Criador: com uma natureza dual, caráter interno e forma externa (mente-corpo), positividade-negatividade (homem-mulher). A finalidade da criação do homem foi a automanifestação do próprio Deus invisível e infinita sob uma forma visível e finita: o ser humano, que seria o “corpo” substancial de Deus, e por meio do qual o Criador se relacionaria e desfrutaria de sua obra criada. O Criador inscreveu na natureza humana original o caminho que o homem deveria seguir naturalmente: o caminho dos três desejos essenciais: educação, família e prosperidade (Crescei! Multiplicai! Subjugai a natureza!). Uma educação fundamentada na verdade, uma família fundamentada no amor e uma prosperidade fundamentada na honestidade.
            Com a ruptura o homem ficou sob o comando de Lúcifer, e passou a ser conduzido por ele numa direção completamente oposta à direção divina original; isto é, no caminho oposto à concretização natural dos três desejos essenciais da natureza humana. Ou seja: uma anti-educação fundamentada na falsidade, uma antifamília fundamentada no desamor e uma prosperidade fundamentada na desonestidade. Assim, a natureza humana original: o amor altruísta e a verdade originais foram sufocados e “substituídos pelo desamor egoísta e pela mentira (a antiverdade). E o desamor egoísta e a antiverdade predominaram na história. Todavia, como o homem é uma criatura divina criada à imagem e semelhança do Deus-Criador, sua natureza original inata não pode ser extinguida, eliminada. O sofrimento (regido pela lei da indenização) permitiu a Deus aproximar-se do homem a partir de sua essêncial original espiritual, inspirando e desenvolvendo as religiões como caminhos para o religamento (o termo religião vem do latimreligare = religar). E o homem começou a tomar consciência da realidade de um ser supremo, da realidade do corpo espiritual e da realidade do mundo espiritual. E estas três crenças universais e históricas — um ser supremo, um corpo espiritual e um mundo espiritual — são os primeiros arquétipos principalísticos teóricos que afluíram à flor do pensamento humano e tem acompanhado a humanidade ao longo da história. Mas como a natureza humana original não é constituída unicamente de elementos teóricos (verdade original), mas também de sentimentos (amor original) e atos (moral original), paralelamente o homem recuperava o amor original (amor sacrifical) e a moral original (moral familista). Assim, a verdade original (arquétipos teóricos), o amor original (arquétipos sentimentais) e a moral original (arquétipos comportamentais) constituem os três tipos de arquétipos principalísticos que tem afluído à consciência humana ao longo da história.
            Mas estes três tipos de arquétipos principalísticos originais foram sufocados e “substituídos” ao longo da história por arquétipos não-originais, antiprincipalísticos, os quais deram origem a um mundo ateísta, mentiroso, amoral e desonesto; de modo que a mentira, a imoralidade e a desonestidadetornaram-se os arquétipos antiprincipalísticos que construíram a sociedade atual anti-Deus e anti-humana.
            A história da criação do universo e do homem, a história da alienação homem-Deus e a história da restauração da ordem original (a história providencial) foram sufocadas e relegadas ao esquecimento, mas também não foram apagadas da memória divina e nem da memória espiritual da humanidade. Assim, esta história de três partes (criação-alienação-restauração) tem sido contada e recontada ao longo de toda a história por meio de fábulas, lendas, mitos, romances, roteiros de cinema, novelas, etc. Trata-se de uma história com um núcleo temático comum e muito simples composto por três partes: Parte I: Um casal está apaixonado e feliz; Parte II: Um personagem mau ataca e lança o casal na infelicidade; Parte III: Um personagem bom ajuda e liberta o casal, que vive feliz para sempre. Esta é a síntese de praticamente todos os contos de fadas, das histórias de amor dos romances, dos contos, dos filmes, das novelas, etc. E esta história de origem-divisão-união social que se repetiu e se repete em todos os tempos e lugares do planeta conta e reconta a história providencial da recriação (restauração, recriação) da humanidade, a qual está avançando segundo o processo da criação original do universo, que se deu por meio da ação de origem-divisão-únião natural. *  
Essa história simples e universal — núcleo temático que pode ser chamado de núcleo ODU — está gravado na mente individual e coletiva da humanidade como um arquético universal e histórico. É como um trem preso aos trilhos; não pode evitá-lo porque sua mente é una com o psiquismo do universo e com a mente cósmica esssencial de Deus (a mente do homem é como uma gota d’água num rio infinito). O núcleo temático dessa história simples e universal é mais um arquétipo principalístico onipresente na mente coletiva, ou social, da humanidade.
             O Princípio Divino informa que ao criar o homem Deus inscreveu em sua natureza três desejos essenciais: educação, família e prosperidade (Crescei! Multiplicai! Suibjigai a o universo!). Estes três desejos essenciais são direitos e deveres que o homem deve cumprir para atingir a plena realização e a plena felicidade: Como estão inscritos na natureza inata da humanidade todos os sers humanos em todos os tempos e lugares são impulsionados pelos três desejos essenciais de sua natureza inata, os quais são tão vitais para a sua vida espiritual quanto o sol, o ar, água e os alimentos para a sua vida física. Assim, as ações humanas relacionadas com a realização dos três desejos essenciais são como arquétipos principalísticos comportamentais; a humanidade não tem consciência de sua presença e nem de sua força atrativa e impulsiva em sua vida, mas não pode afastar-se da trilha traçada pelos três desejos essenciais, pois eles estão inscritos em sua própria natureza.  Todavia, como a ruptura orginal alienou o homem de Deus e colocou sob o domínio de Lúcifer, este buscou desviar o homem da trilha dos três desejos essenciais, ou inverter a ordem de sua realização, impossibilitando-os. Lúcifer empurrou a buscar primeiro a prosperidade (a riqueza material). Morto espiritualmente (alienado do amor-vida de Deus) o homem despreza as fontes de elementos de vitalidade espiritual (beleza, verdade e bem, que lhe são fornecidas pela arte, pela ciência e pela religião verdadeira), e se corrompe sexualmente entregue aos prazeres do corpo. Desse modo, nunca realiza o primeiro desejo essencial (a autoeducação espiritual, moral, cultural, familiar e social). Desse modo, as ações do homem no caminho inverso e pervertido da realização dos três desejos essenciais também representam três arquétipos antiprincipalísticos que caracterizam o comportamento do homem alienado de Deus. Contudo, como a natureza humana não pode ser anulada, Lúcifer criou elementos sucedâneos falsos a fim de satisfazer a natureza humana. Por isso inventou a anti-arte, a mitologia e a magia ocultista (sucedâneos falsos para a arte, a ciência e a religião verdadeiras). Mesmo a ciência ateísta contemporânea está apoiada em um conjunto de mitos, tais como o mito do Big Bang, o mito da hipótese nebular, o mito da evolução das espécies, o mito da origem social da mente e o mito da origem econômica da sociedade.
        O Princípio Divino também informa que ao criar o homem Deus inscreveu em sua natureza original o impulso para amar, servir, obedecer e seguir o caminho do amor verdadeiro; o caminho do bem. Estes impulsos originais da natureza humana são, portanto, mais 4 arquétipos principalísticos que marcaram e marcam a conduta histórica da humanidade, sempre praticados por uma minoria da humanidade. Jesus é o exemplo mais conhecido de um ser humano que viveu para amar, servir, obedecer e seguir o caminho do amor verdadeiro; o caminho bem. Ele próprio resumiu seu pensamento e seu estilo de vida na frase: “Amai a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo.”
        Mais uma vez, contudo, como o homem foi apartado de Deus e caiu sob o domínio de Lúcifer, este novamente atuou em sua mente e em seu coração para perverter e desviar o homem do caminho do amor verdadeiro; o caminho bem. E Lúcifer empurrou o homem na direção do desamor (ateísmo), do desserviço (egoísmo), da desobediência (rebelião) e da maldade (multiplicação do mal). Desse modo, estes 4 tipos de comportamentos anti-Deus e anti-humanos (que caracterizam a natureza pervertida dos homens; os sociopatas) são também 4 arquétipos comportamentais antiprincipalísticosque marcaram a conduta histórica e universal da humanidade. Do mesmo modo os 4 erros (atos antinaturais, ou pecados originais) ocorridos na origem, na família primária de Adão e Eva — a descrença, o adultério, o roubo e o assassinato — tem se repetido ao longo de toda a história humana como arquétipos comportamentais antiprincipalísticos que tem sido legados e herdados pela humanidade pervertida desde a rupruta original. E como a família é a célula-mãe da sociedade, e a célula-mãe primária foi infectada pelo mal, este tem sido legado de geração a geração ao longo de toda a história. Por isso o Cristianismo informa que o pecado original (a natureza pervertida) tem sido transmitido de geração a geração pela linhagem de sangue.
       O comportamento pervertido — as perversões sexuais e as perversões em geral —derivam dos arquétipos antiprincipalísticos. Por isso, enquanto eles existirem a criminalidade, em todas as suas manifestações, não desaparecerá da face da Terra. Por isso somente a elevação da espiritualidade (a intervenção de Deus na mente e no coração do homem) pode elevar o nível de amor, verdade e bem.
        Outros arquétipos sentimentais que se refletem nas ideias e no comportamento humano são os arquétipos do ser híbrido e do comportamento antinatural e precipitado. A ruptura original consistiu em um ato sexual antinatural e extemporâneo, o qual deu-se em duas etapas: um ato sexual antinatural entre o anjo Lúcifer e a mulher Eva e um ato sexual precipitado, extemporâneo, entre o homem Adão e a mulher Eva ainda imaturos. As provas bíblicas, históricas, psicológicas e sociológicas da ruptura original estão semeadas em todo o mundo ao longo de toda a história.
        Estes eventos primevos geraram um conjunto de sentimentos, os quais se manifestaram nas ideias e na conduta humana em todos os lugares ao longo de toda a história sob a forma de arquétipos comportamentais. Um arquétipo possui três faces: sentimento-ideia-conduta. Assim, o arquétipo comportamental é a terceira face manifesta de um arquétipo sentimental. A análise bíblica, histórica, sociológica e psicológica demonstrou que o comportamento humano foi marcada em todos os tempos e lugares também por três arquétipos: 1. o arquétipo da conduta antinatural (violação dos princípios morais e naturais: sexo com pessoas do mesmo sexo, com animais, com parceiros múltiplos, etc); 2. o arquétipo da conduta precipitada: sexo (extemporânea): com crianças, sexo com adolescentes, sexo precoce, etc; 3. o arquétipo do ser hibrido. Como o ato sexual entre o anjo Lúcifer e a mulher Eva foi um ato antinatural entre espécies diferentes; e como o anjo Lúcifer é um ser exclusivamente espiritual (não possui corpo físico), o ato foi exclusivamente espiritual e gerou um fruto também espiritual. Por esse motivo a natureza humana é dúbia; dividida entre duas natureza opostas e excludentes e em constante conflito entre si. Este fato absurdo é a causa da conduta dúbia e contraditória da humanidade: deseja a paz, mas faz a guerra; deseja o bem, mas faz o mal, deseja a pureza, mas gera a impureza, etc. A natureza dúbia, dividida e conflitada do ser humano foi detectada por Freud em sua teoria do conflito intrapsíquico e por Frank em suas teorias do Deus desconhecido e da perda do sentido da vida. Desse modo, a natureza humana atual é híbrida, produto do cruzamento espiritual entre duas espécies: angélica e humana. Esta é a origem do arquétipo do hibridismo.
          O arquétipo do hibridismo tem sido manifestado por todos os lugares ao longo de toda a hstória. Dos centauros, sereias, sátiros, minotauros, medusas e semideuses (produto do cruzamente entre os deuses e as mulheres) da mitologia grega às histórias de O Médico e do Monstro (de Robert Louis Stevenson),*  O incrível Hulk,  de A bela e a fera e da Pequena Sereia Ariel (como o anjo Lúcifer, desejou se tornar humana) aos filmes hollywoodianos (especialmente A Cidade dos Anjos, com Nicolas Cage, onde um anjo se apaixona por uma mulher e decide se tornar humano)... Todos são reproduções do mesmo aqrquétipo do hibridismo. Atualmente os seres míticos da mitologia antiga estão ganhando vida e tornando-se reais nas aberrações das espécies transgênicas, que nada mais são do que uma tentativa atrevida e ensandecida de aperfeiçoar o que já é perfeito (a Criação divina).
         Como vimos, a teoria aletopsicológica dos arquétipos, ao propor a realidade dos arquétipossentimentaisteóricos e comportamentais principalísticos (naturais, originais) e antiprincipalísticos (antinaturais, pervertidos), inova, aprofunda e amplia a teoria dos arquétipos de Jung, que se restringiu aos aspectos relacionados com o conteúdo irrepresentável e incompreenspivel do psiquismo, que chamou deinconsciente coletivo. Sob a influência ateísta de Freud, Jung confundiu e fundiu teoricamente a mente física (instintiva do corpo físico) com a mente espiritual (consciente, inteligente, criativa e dotada de conteúdo teórico/protótipos mentais do corpo espiritual). Mas o equívoco de Jung foi além e confundiu a própria natureza humana inata (dotada de sentimento, inteligência, criatividade, memória e vontade) com a mente física instintiva; que chamou de inconsciente coletivo.
          Na teoria aletospicológica dos arquétipos, a ruptura original, uma experiência traumática primeva, duplicou e dividiu a natureza humana, tornando-a angélica e humana simultaneamente. Esse estado híbrido igualmente gerou um conjunto de sentimentos, ideias e comportamentos híbridos, dúbios, opostos e excludentes, mas presentes e atuantes na natureza humana, que se tornou dividida e contraditória. Assim, a história da humanidade está marcada por sentimentos, ideias e comportamentos contraditórios e conflitantes, aos quais a aletopsicologia chamou de arquétipos principalísticos (oriundos da natureza humana original) e arquétipos antiprincipalísticos (oriundos da natureza híbrida pervertida). O papel da aletopsicologia (e das psicologia em geral) é resolver este problema; ajudar a humanidade a eliminar de sua natureza os elementos estranhos que a invadiram e a parasitam, libertando-a do estado de conflito intrapsíquico e devolvendo-lhe a paz interior.





* Jung e o conceito de arquétipo. “Arquétipos são a parte herdada da psique; padrões de estrutura e desempenho psíquico ligados ao instinto; uma entidade hipotética irrepresentável em si mesma e evidente somente através de suas manifestações:  imagens eram semelhantes a motivos repetidos em toda parte e por toda a história, porém seus aspectos principais são sua numinosidade, inconsciência e autonomia. Na concepção de Jung o inconsciente coletivo gera tais imagens. Os arquétipos são o conteúdo psiquico, e não o esboço manifesto. São  o padrão inconsciente irrepresentável. Não são imagens arquetípicas compreensíveis pelo homem. O arquétipo é um conceito psicossomático, unindo corpo e psique, instinto e imagem. Jung não considerava psicologia e imagens como correlatos ou reflexos de impulsos biológicos. Os arquétipos são percebidos em comportamentos externos, especialmente aqueles que se aglomeram em torno de experiências básicas e universais da vida, tais como nascimento, casamento, maternidade, morte e separação. Também se aderem à estrutura da própria psique humana e são observáveis na relação com a vida interior ou psíquica, revelando-se por meio de figuras tais como animasombrapersona, e outras mais. Teoricamente poderia existir qualquer número de arquétipos. Padrões arquetípicos esperam o momento de se realizarem na personalidade, são capazes de uma variação infinita, são dependentes da expressão individual e exercem uma fascinação reforçada pela expectativa tradicional ou cultural; Os arquétipos suscitam o afeto, cegam o indivíduo para a realidade e tomam posse da vontade. Viver arquetipicamente é viver sem limitações (inflação). Entretanto, dar expressão arquetípica a alguma coisa pode ser interagir conscientemente com a imagem coletiva, histórica. Todas a imagens psíquicas compartilham, até certo ponto, do arquetípico. Esta é a razão por que os sonhos e muitos outros fenômenos psíquicos possuem numinosidade.. Qualidades arquetípicas são encontradas em símbolos, o que explica sua fascinação, utilidade e recorrência. Deuses são metáforas de comportamentos arquetípicos e mitos são encenações arquetípicas. Os arquétipos não podem ser completamente integrados nem esgotados em forma humana. A análise da vida implica uma conscientização crescente das dimensões arquetípicas da vida de uma pessoa. O conceito do arquétipo, de Jung, está relacionado com a teoria platônica das Idéias inatas, presentes nas mentes dos deuses, e que servem como modelos para todas as entidades no reino humano. As categorias apriorísticas da percepção, de Kant, e os protótipos de Schopenhauer também são conceitos precursores do conceito junguiano de arquétipos. Jung definiu os arquétipos como premissas profundas do funcionamento psíquico e delineadoras do modo pelo qual percebemos e nos relacionamos com o mundo. O arquétipo seria uma estrutura psicológica inata, a qual também abordada na psicanálise da escola kleiniana; Isaacs (fantasia inconsciente), Bion (preconcepção) e Money-Kyrle (Cf. Money-Kyrle, 1978). A teoria dos arquétipos, de Jung também pode ser comparada ao pensamento estruturalista (Samuels, 1983). O biólogo Sheldrake relaciona os arquétipos de Jung com sua teoria dos campos morfogenéticos” (Apud internet: Dicionário Crítico de Análise Junguiana).

* Ação ODU. O Princípio Divino informa que Deus criou o universo utilizando-se do processo/mecanismo da ação ODU: Na origem as características duas de Deus são unas (ação de Origem). Na criação Deus manifesta suas características duais divididas em elementos distintos e complementares; pares sujeito-objeto, positivo-negativo (ação de Divisão). A seguir os elementos distintos e complementares se unem (ação de União) para se multiplicarem e perpetuarem.  Esse mesmo processo e mecanismo adotado na criação do universo e do homem está sendo empregado por Deus, agora em nível social, para a recriação do homem.

* O Médico e o Monstro (título original em inglês: The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde) é o nome de um livro de Robert Louis Stevenson publicado em 1886.


Nenhum comentário:

Postar um comentário