quinta-feira, 19 de abril de 2012
A DEMOCRACIA FAMILISTA
A Democracia Familista
Porf. Léo Villaverde
Jornalista-escritor
Os 4 tipos de democracia. A democracia, porque respeita a liberdade e os direitos humanos, foi o melhor regime de governo já inspirado por Deus na Terra. Mas não é perfeito nem divino. Por isso pode e precisa ser aperfeiçoado, pois em seu nível de desenvolvimento atual ainda inventa e impõe leis anti-Deus e anti-humanas. Por isso, é procedente falar em 4 modelos ou 4 níveis de desenvolvimento da democracia: direta, representativa, participativa e familista. Como a democracia é a mera promessa da garantia dos direitos humanos (e não da permissividade), a sociedade familista pode também ser classificada como uma democracia, mas uma verdadeira democracia onde os deveres necessariamente precedem os direitos, onde a responsabilidade precede a liberdade.
A democracia direta tem a ver com a eleição direta dos representantes do povo, o que automaticamente a transforma em democracia representativa. Hoje os povos já sabem que os seus “representantes” representam apenas a si mesmos. O egoísmo e a corrupção atinge quase a totalidade dos políticos nas democracias representativas. Neste modelo o povo continua trabalhando apenas para manter-se vivo, mas seus “representantes” sempre terminam seus mandatos milionários. Em um momento de sinceridade o ex-presidente José Sarney declarou a um repórter da Globonews: “A democracia representativa está morta.” O terceiro tipo de democracia, a chamada democracia participativa, como as duas anteriores, é também chamada democracia participativa é o modelo pseudodemocrático que os comunistras adotaram como estratégia de conquista do poder via eleição direta. A ideia sugere enganosamente que na democracia participativa, sempre esquerdista, a voz do povo tem poder de comando e decisão. É a mesma promessa mentirosa que os marxistas-socialistas-comunistas sempre prometeram aos povos, sob o nome de ditadura do proletariado. Uma vez no poder, e na prática, os comunistas restabeleceram um novo modelo de monarquia: a monarquia comunista absoluta, onde a nova corte recebeu o nome de Nomenklatura e o povo foi transformado em empregado-escravo do Estado, uma pequena elite convertida em patrão-único, proprietário único de toda a riqueza da nação, e ainda com direito de suspender e manipular os direitos humanos e fuzilar milhões de seu próprio povo. É o que está registrado em O Livro Negro do Comunismo. Crimes, terror, repressão (Bertrand Russel. Brasil, 2006), a história dos crimes e genocídios provocados pelos marxistas-socialistas-comunistas em todo o império comunista. A democracia participativa coincide com a ideia mentirosa do socialismo democrático do marxista-comunista Norberto Bobbio. A obra O Livro Negro do Comunismo. Crimes, terror, repressão é um documento histórico baseado em foto e documentos oficiais provando que o comunismo foi a maior mentira e a mais cruel e desumana ditadura da história, e que deixou um rastro de sangue com mais de 150 milhões de vítimas inocentes (Cf. O custo humano do comunismo. Le Figaro. Edição de 18 de novembro de 1978).
A democracia familista. O que é a democracia familista? É um modelo de sociedade baseado na estrutura e na ética da família natural. Já dissemos que a sociedade é uma instituição natural porque é tão somente o somatório de muitas outras famílias naturais. Se as famíliias individualmente são naturais, não perdem sua naturalidade quando reunidas em grupos de convivência. Obviamente a estrutura familiar à qual nos referimos aqui é a estrutura da família natural, formada por pai, mãe e filhos, e onde os pais vivem para amar e servir aos filhos, que lhes retornam amor sob a forma de gratidão filial. Se os pais existem para amar e servir aos filhos (como prova a observação histórica e universal), isto significa que os pais não são tiranos repressores e exploradores de seus filhos, que os obriga ao trabalho escravo de fazer faxina em seus quartos e em sua residências, como sugeriu Freud e como afiirmam ainda hoje seus parceiros anti-Deus e anti-família. Como Freud era ateu, as teorias psicanalíticas também são ateístas. Logo, ninguém pode ser um psicanalista freudiano e também um Deusista.
De outro lado, a estrutura social natural tampouco corresponde à hipótese marxista da base-superestrutura, onde a base eram os meios de produção (e os proletários, como peças integrantes das fábricas), enquanto a superestrutura eram as ideias e ideais das elites exploradoras da mais valia. Em vez de corresponder à estrutura das sociedades cristãs, essa estrutura se aplicou perfeitamente às sociedades comunistas, onde a elite do Partido Comunista tornou-se a elite repressora exploradora e criminosa dos povos. E foi precisamente essa estrutura injusta que fez implodir as sociedades comunistas em todo o mundo.
A experiência histórica nos serve de alerta e nos aponta o caminho do meio, o ponto do equilíbrio. Não se pode criar e educar filhos, governar uma família, sem estabelecer regras e limites. Do mesmo modo não se pode governar uma nação sem regras e limites. Uma sociedade sem regras e sem limites corresponde ao anarquismo primitivo e o retorno certo ao barbarismo. Por isso, mesmos as democracias cristãs estabeleceram regras e limites (sistemas policial, jurídico e prisional) a fim de haver governabilidade com liberdade e progresso. Sem liberdade não há o exercício da criatividade e da livre iniciativa, nem tampouco progresso. A supressão da liberdade foi o fator primeiro da implosão das economias comunistas.
A estrutura e o funcionamento de uma democracia familista assemelha-se em tudo à estrutura e funcionamento de uma família natural, ou dos agrupamentos biossociais das abelhas e das formigas, por exemplos. A colmeia e o formigueiro são organismos unificados, embora abelhas e formigas pareçam mover-se livremente, na verdade, elas se movem dentro de regras e limites pré-estabelecidos geneticamente. Grandes bandos de aves e cardumes de peixes tem surpreendido os pesquisadores pelo modo ainda inexplicável como o bando todo se move simultaneamente em perfeita sincronia, como se fossem um. Podemos dizer o mesmo com relação aos seres humanos, cujos corpos são uma gigantesca colônia de células, seres unicelulares, que coexistem e se deslocam em conjunto. Podemos afirmar o mesmo com relação à sociedade, que é composta por milhões de pessoas, mas funciona como um superorganismo biomecânico ondes as partes são interconectadas e interdependentes umas das outras, e cada parte contribui para a manutenção do todo. Não são poucos os cientistas sociais que compararam a sociedade com um organismo vivo. O familismo é a teoria da sociedade viva, a bio-sociedade ecológicamente equilibrada. O funcionamento do familismo assemelha-se ao funcionamento de um nicho ecológico da natureza. Na verdade, a sociedade humana é um nicho ecológico, uma vez que é constituída por homens, animais, vegetais. células, moléculas e átomos em íntima conexão e interdependência. E como todos os sistemas vivos a bio-sociedade é também uma estrutura dissipativa aberta-e-fechada em contínuo intercâmbio com o meio ambiente natural e social que a envolve. As migrações humanas (e até sua motivação) assemelham-se às migrações sazonais de aves, peixes e animais. Os animais migram em busca de novos climas e novos alimentos; os seres humanos migram em busca de novas fontes de felicidade; de novas e melhores formas de concretizar os três desejos essenciais de sua natureza.
A sociedade familista é uma sociedade democrática porque seus cidadãos são responsáveis por sua manutenção e perpetuação. E é a responsabilidade (o cumprimento dos deveres) o que garante a liberdade (usufruto dos direitos). Sem responsabilidade não pode haver liberdade. Liberdade sem responsabilidade não é liberdade, mas irresponsabilidade e permissividade. Um presidente que não pratica o amor sacrifical por seu povo, que mente e rouba seu povo não é presidente, é um falso pai; é um traidor mentiroso e ladrão. Um presidente que não estabelece regras e limites ético-morais para educar e guiar o seu povo rumo à plena felicidade é semelhante a um pai que traiu os seus filhos, e justifca sua irresponsabilidade com o falso argumento de respeito pela liberdade do mesmo. Liberdade sem limites não é liberdade, mas permissividade. E o caminho da permissvidade é o caminho da autodestruição.
Foi assim nas monarquias pré-republicanas. Foi assim nas tiranias comunistas. Tem sido assim nas democracias permissivas pseudorepresentativas sob o comando dos esquerdistas. Não há amor parental no ateísmo esquerdista em relação aos povos. Por isso, não há responsabilidade, nem liberdade e nem prosperidade verdadeiras. Na maioria das “democracias representativas” atuais os governantes não vivem para amar e para servir aos seus povos, mas para enganá-los, roubá-los e enriquecer a si mesmos. As ditaduras comunistas já ruíram. As falsas “democracias representativas” permissivas também ruirão. E quando isto acontecer terá chegado a hora da verdadeira terceira via: a democracia familista, a sociedade-família.
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O CONHECIMENTO DE ALGUNS ALIADO A TECNOLOGIA DE NOSSA ÉPOCA, ESTA ELIMINANDO GLOBALMENTE DE FORMA ACELERADA O MAIOR PROBLEMA DA HUMANIDADE; A IGNORÂNCIA ESPIRITUAL.
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