quarta-feira, 4 de abril de 2012

O AMOR

Amor: O Conteúdo da Consciência Moral



Prof. Léo Villaverde

Jornalista/escritor psicopedagogo/mestrando em educação.

Autor de Biocosmos. O Universo Vivo (Cultrix, 2000)



Pensemos nos valores morais universais onipresentes em todas as sociedades da história, aos quais o filósofo Immanuel Kant chamou de imperativos categóricos em sua obra A Crítica da Razão Prática (Editora Escala, 2006). A hipótese ateísta da tabula rasa (“o cérebro é uma folha de papel em branco; o homem é produto do meio social”) já foi descartada, e a teoria da natureza humana universal inata já foi confirmada (Cf. Tábula Rasa. Steven Pinker. Cia. das Letras, 2002. Além do Cérebro. Stanislav Grof. McGraw-Hill, 1987, e O Eu e o Cérebro. Karl Popper & John Eccles. UnB/Papirus, 1991. Eccles foi o ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina de 1963), entre outros pensadores Deusistas que afirmaram a realidade e a natureza transfísica (espiritual) da mente e da consciência.

Quando falamos em consciência humana estamos nos referindo a um conjunto de valores morais inatos e onipresentes na consciência moral dos seres humanos, os quais foram identificados e classificados como onipresentes em todas as sociedades da história. Isto já era de se esperar, uma vez que a sociedade é produto da exteriorização natural e espontânea da própria natureza humana. A sociedade é a imagem do homem, como temos enfatizado no estudo da sociologia Deusista.

Já sabemos que as três bênçãos de Deus (Crescei! Multiplicai! Subjugai!) representam três desejos essenciais inscritos na natureza humana inata universal: educação, família e prosperidade. Sabemos ainda que, na busca pela concretização destes três desejos essenciais, o homem se organiza em sociedades cuja estrutura se caracteriza por três pilares fundamentais: ideologia, política e economia, os quais se organizam a partir dos três desejos essências da natureza humana.

Quando paramos pra pensar na consciência humana e nos valores morais inatos, universais e históricos da humanidade descobrimos mais um profundo vínculo entre os três desejos essenciais da natureza humana, a consciência moral do homem e os valores morais universais. Descobri que o conteúdo essencial da consciência moral dos seres humanos é o amor, o mais poderoso e desejado sentimento, e que todos os valores morais são distintas expressões do amor, e existem para conduzir o homem na direção da realização dos três desejos essenciais de sua natureza inata (educação, família e prosperidade). Por exemplo: a verdade, a sinceridade e a dignidade são valores morais relacionados com o primeiro desejo essencial (educação).. A castidade, a fidelidade e a fraternidade são valores morais relacionados com o segundo desejo essencial (família). Por fim, o profissionalismo, o empenho e a honestidade são valores morais relacionados com o terceiro desejo essencial da natureza humana inata (prosperidade). Desse modo, percebe-se claramente a realidade do vínculo entre os três desejos essenciais da natureza humana, o amor, a consciência moral e os valores humanos universais. Fica claro também que a consciência moral do homem foi criada para conduzir o homem na direção da concretização e perpetuação dos três desejos essenciais inscritos por Deus na própria natureza humana.

O amor emerge desse estudo como o sentimento único que permeia o cosmos (“Deus é amor”). Se o amor é o sentimento único, como explicar o ódio e seus afins? Uma analogia entre o calor e o amor facilita o entendimento da onipresença e predominância absoluta do amor. Partindo do calor máximo à medida que o calor diminui recebe nomes distintos em cada ponto, até atingir a ausência total de calor: o frio máximo, o zero absoluto (–273°C). Coisa semelhante se dá com o amor. À medida que o amor diminui vai recebendo nomes distintos em cada ponto (ciúme, inveja, mágoa, rancor, vingança...) até atingir o ódio, a “ausência” total de amor. Nesse ponto, o amor, a consciência moral, é desprezada (embora continue latente e atuante), o ódio assume o controle e passa a gerar os antivalores contrários à concretização dos três desejos essenciais. Vê-se, assim, que os valores morais brotam do amor, que é o conteúdo da consciência moral, e existem alinhados com/e para favorecer a concretização das três bênçãos de Deus para o homem; ou dos três desejos essenciais da natureza inata do ser humano.

O amor se manifesta sob a forma dos valores morais, os quais tem a finalidade de conduzir o homem no caminho da realização das três bênçãos, ou dos três desejos essenciais. Por isso, é da prática do amor, dos valores morais (éticos, no convívio social) que surgem os cidadãos de bem; e é da ausência do amor, do abandono dos valores morais, que surgem os sociopatas (criminosos antissociais), os quais geram a necessidade dos sistemas policial, judicial e prisional para proteger os cidadãos de bem e retirar os sociopatas do convívio social, mantendo-os em jaulas (como feras selvagens). Se houvesse sabedoria divina nos governos ateístas, ditos laicos, eles calculariam o custo social e financeiro dos sistemas policial, judicial e prisional e descobririam que é mais fácil e muitíssimo mais barato fortalecer os valores morais da consciência humana desde o ensino fundamental. Bastaria introduzir a educação de valores na rede de escolas e universidades públicas, já devidamente montada.

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