Poesias dos melhores tempos: a infância
CAMINHO PARA A ESCOLA
Era no caminho para a escola
Quando eu nem conhecia vida
Mas já sentia a solidão
Cortava caminho e chegava
Não na escola, mas num buracão
Uma enorme erosão da Terra
No fundos da chacára do meu avô
Que eu procurava alí?
Naquele silêncio olhando o verde
Não sei...
Mas foi alí, sozinha
Observando aquele enorme buracão
Que eu comecei um caminho doloroso.
LEMBRANÇAS DE INFÂNCIA
CADEIRINHAS DE CAPIM
De tanto andar entre os capins
Ardiam as minhas magras pernas
Mas criança não liga prá essas coisas
Eu ia atrás
Com cadeirinhas de capim nas mãos
Foi o meu pai quem fez
E era ele quem ia na frente com meu irmão.
HORA DO RECREIO
Hora do recreio
A meninada toda no pátio
E eu sentada num banco
Comia passoquinha
E às vezes, pé-de-moloque
Dedico essas poesias e lembranças ao meu irmão João Marcos Ferreira, sua epôsa Ana Paula e meus maravilhosos sobrinhos Felipe e Letícia. (E também à sogra de meu irmão que é um doce de pessoa, a dona Ondina).
Olha essa aqui...
ResponderExcluirNA ROÇA DE MILHO
Criança teimosa
Com muita energia prá gastar
E era na rola de milho
Que junto com a molecada
Eu ia contente brincar.
A grande aventura
Que nos fazia vibrar
Talvez não fosse apanhar o milho
Mas ir para a roça
Sem a mãe avisar.
Voltava prá casa om a desconfiança no olhar
E logo a mãe vinha brava
Com a vara na mão
E eu ia de novo apanhar.
Ah, mas criança teimosa
Com muita energia prá gastar
Quando era no outro dia
A molecada chamava
E lá ia eu contente brincar.