Um pequeno resumo do livro "A PERFEIÇÃO DAS ESPÉCIES" (Léo Villaverde)
O que é Perfeicionismo?
Na época em que Darwin escreveu A Origem das Espécies observou que os fazendeiros ingleses costumavam selecionar os animais mais robustos de seus rebanhos e cruzá-los entre si a fim de obter melhores descendentes. Darwin viu nessa seleção artificial a chave para entender o mecanismo da evolução das espécies, chegando ao conceito de seleção natural. Na mesma época Thomas Malthus escrevera sobre o problema da defasagem entre a produção de alimentos e o crescimento populacional, sugerindo a ideia da competição e luta crescentes pela sobrevivência. Darwin viu na competição e luta pela sobrevivência proposta por Malthus uma lei da natureza. E propôs que as espécies evoluíram adaptando-se às mudanças ambientais. Estas ocasionavam pequenas mutações aleatórias benéficas, as quais se acumulavam ao longo de milhões de anos. A natureza selecionava as espécies melhor adaptadas, as sobreviventes mais aptas, e estas davam origem a uma descendência já adaptada às novas condições do novo ambiente: uma nova espécie. Nesse processo as espécies evoluíram de formas simples e inferiores para novas formas complexas e superiores. Essa hipótese foi apresentada no século XIX (1859). Estamos no século XXI. A ciência avançou muito. Darwin jamais sequer pensou em genética, genoma ou transgenia, nem em ecologia, nichos ecológicos ou no papel da simbiose na origem e perpetuação das espécies (simbiogênese). Hoje, 153 anos depois de Darwin, a genética provou que as características físicas das espécies acham-se pré-programadas em seus genomas. Portanto, não são mutações aleatórias ou adaptações casuais ao meio ambiente que determinam a morfologia das espécies. Diariamente “criam” novas espécies por transgenia artificial, provando este fato e anulando a suposta necessidade de milhões de anos para se ter uma mudança fisiológica numa espécie. O perfeicionismo afirma que a natureza praticou a transgenia natural por ocasião da origem primária das espécies, e propõe a transgenia natural como contraproposta para a suposta seleção natural darwiniana. Por sua vez, a ecologia provou que todas as espécies coexistem interconectadas e interdependentes entre si e com o meio ambiente numa rede de relações mútuas de intercâmbio e simbiose vital. Assim, uma espécie jamais poderia evoluir (se automodificar) isolada das demais, nem fora do nicho ecológico do qual faz parte. Este fato levou James Lovelock à hipótese Gaia, onde propôs que a biosfera e o ambiente terrestre evoluíram juntos, aleatoriamente. Infelizmente, Lovelock se mantém preso ao materialismo da hipótese nebular. As descobertas da ciência do século XX desmontaram a ideia do deus-Acaso da hipótese darwinista da evolução por seleção natural. Cientistas criacionistas levantaram fortes críticas contra o darwinismo. Mas apenas críticas não era o suficiente. Até o surgimento deste livro não existia uma nova teoria biológica científica capaz de suplantar e substituir o evolucionismo como fundamento da biologia. Este livro não está alinhado com o evolucionismo ateísta e nem com o criacionismo fundamentalista, mas propõe uma fusão harmoniosa e científica dos dois: o perfeicionismo, a teoria da Perfeição das Espécies, segundo a qual as espécies não evoluíram ao acaso. Elas simplesmente desenvolveram sua perfeição potencial (como uma semente ou um embrião) obedecendo ao comando profundo e criador do ser bioquântico original (Deus, para os religiosos), emergindo no ambiente terrestre já perfeitamente aptas para ocupar suas posições na corrente biosférico-genômica e para exercer suas funções específicas no nicho ecológico do qual fazem parte.
A teoria da Perfeição das Espécies
Qual a origem das espécies? Na antiguidade e na Idade Média acreditava-se que algumas espécies surgiam já adultas a partir de certos vegetais, ou formavam-se espontaneamente a partir da matéria orgânica apodrecida (hipótese da geração espontânea). No entanto, a Bíblia já havia afirmado a criação das espécies por um processo gradativo, das simples às complexas (Gênesis = seis “dias”) um milênio e meio antes dos gregos.. A ideia da evolução gradual também já havia sido sugerida na Grécia antiga por Aristóteles e Epicuro. Até o início do século XVIII duas hipóteses dividiam as opiniões acerca da origem das espécies: o criacionismo fixista (as espécies foram criadas por Deus e são imutáveis no tempo) e o evolucionismo ateista (as espécies evoluíram ao acaso e são mutáveis no tempo). A ciência clássica era materialista e simpatizava com a ideia da origem gradual e casual das espécies, a qual pairava no ar à espera de sistematização. Wallace e Darwin captaram a atmosfera teórica pró-evolucionista da época. Wallace, que era um Deusista, propôs a teoria da evolução inteligente. Darwin, que era ateísta, propôs, em l859, a hipótese da evolução: as espécies evoluíram ao acaso por adaptação gradual e seleção natural. Apesar de nunca ter sido um consenso, apoiada pelo materialismo, no poder, a hipótese da evolução casual acabou predominando nas escolas e universidades do mundo. Hoje, 153 anos depois da publicação de A Origem das Espécies, a ideia da evolução influenciou ampla e profundamente, não apenas a ciência, mas toda a cultura cristã ocidental e global. Mesmo sendo uma hipótese ateísta até a Igreja Católica a admitiu. Todavia, o desenvolvimento da ciência em vez de confirmar a hipótese evolucionista a está desacreditando cada dia mais. Hoje, milhares de cientistas já negam abertamente a validade da evolução casual, e diversos remendos já foram propostos na vã tentativa de salvá-la. O acaso foi descartado e fala-se em evolução pontuada (aos saltos, o que já é um grande passo na direção do criacionismo). Neste livro, com base na ciência do século XX, particularmente a genética e a ecologia, Villaverde propõe uma nova abordagem da origem da espécies: a teoria da Perfeição das Espécies (teoria do desenvolvimento da perfeição potencial das espécies). No perfeicionismo, entre outras distinções, os velhos conceitos darwinianos da seleção natural e da luta pela sobrevivência foram substituídos pelos conceitos atuais da transgenia natural e da cooperação simbiótica. Assim fazendo, Villaverde fundiu a ideia da origem gradual (indicada na Bíblia, mas usada apenas pelos evolucionistas), com a ideia Deusista do Deus-Criador perfeito (básica no criacionismo), propondo uma nova teoria unificada e cientificamente atualizada, pondo um fim no velho conflito criação fixista x evolucão gradual. Muito já se criticou o darwinismo ateísta. No entanto, jamais se apresentou uma teoria alternativa cientificamente consistente para a evolução casual, a qual respeitasse e absorvesse as importantes contribuições do darwinismo à biologia. Esta é precisamente a proposta do perfeicionismo. As espécies foram criadas gradualmente, não são imutáveis, não evoluíram ao acaso e nem são inferiores ou superiores.Todas as espécies são perfeitas em suas individualidades. Cada espécie simplesmente desenvolveu sua perfeição potencial inata, e já pré-adaptada para ocupar sua posição e exercer sua função específica no corpo do Ser Terra.
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